domingo, 6 de setembro de 2015

Dia 24.

Aqui vai um texto que não tenho a certeza que vás ler por inteiro. Porque és perguiçoso. E porque já te sei. Aqui vai dezenas das milhares de certezas.
Hoje escrevo. Escrevo, porque não o faço à muito tempo. Escrevo, porque preciso. Escrevo para que saibas. Para que um dia eu saiba. Escrevo para lembrar. Para relembrar. Escrevo para que um dia eu possa ter a certeza. Sempre foste tu. És tu. Disso ainda tenho a certeza. Já lá vão uns pontos. Escrevo para que nós tenhamos a certeza de que não haverá nenhum ponto final. Repito-me para que seja sentido, porque o escrevo para que o vivas e revivas cada detalhe descrito. Cada situação, cada momento. Já passou um tempo desde que te conheci. Oito anos e seis meses. Seis é o meu número favorito. Engraçado. Um ano e meio que voltamos, depois de tantas vírgulas. Não quero que haja ponto para além dos que utilizo como pontuação de um texto. O texto. Escrevo para ti. Só para ti, porque não há quem se ame como nós. Não iam perceber.
Já lá vai o tempo. Já lá vai um tempo. Uns anos. Éramos crianças. Inocentes. Ingénuas, mas já tínhamos sonhos. Sonhos esses que até hoje ainda se mantêm. Crescemos juntos, aprendemos e convivemos coisas semelhantes, das quais partilhámos um com outro. Já lá vai o tempo. Do meu menino. Tinha 11 anos. Ia fazer 12. Usava crista. Com dentes pequeninos. Um pouco tortos. De olhos verdes. Mais baixo que eu, chegava-me ao nariz. Era ele, o meu menino. Quem diria que era o tal. E eu. De tótós. Nem eu sabia quem tu eras ainda. Já andavas atrás de mim à dois meses. E eu nem sabia quem eras. Metias-te comigo através dos teus amigos. Coisas de miúdos. Graças a eles conhecemos-nos. Até hoje, melhor que ninguém. Eram chatos. Se eram. Até que, finalmente, descobri quem eras. Comecei a gostar. A preocupar. Comecei a ficar nervosa, simplesmente de passar por alguém. Esse alguém eras tu. Comecei a sentir uma coisa que até então nunca tinha sentido em situação alguma: As "borboletas" na barriga. Aquilo era mesmo estranho, era como se fosse um aperto na barriga, juntamente com felicidade e com nervos, de não sei o quê...até hoje. E só o senti contigo. Porque raios é que eu me sentia assim em relação a alguém? Eras diferente. Ainda és. E eu gostava disso. Lembro-me de tudo: As mensagens. Os jogos de "conhecimento". Através de perguntas. Passávamos horas. A falar. Ás vezes a falar por falar. Outras a discutir. E na altura, essas discussões, alias, as únicas discussões que tínhamos, era ver quem ganhava em dizer que se amava mais. Acho que sempre fui boa a ganhar nisso. Se bem que até nisso eras teimoso. Bons tempos. Maior parte das conversas eram por texto. Mensagens. A altura das "1500 sms grátis semanais". Acho que chegámos a gastá-las. E quando não as tínhamos era o fim do mundo. Enfim. Crianças. O tempo em que estávamos juntos era maior parte do tempo calados. Em silêncio. Envergonhados. Ainda me lembro. O primeiro beijo. Ao pé do cacifo. Os amigos a juntarem-nos, atrás dos blocos. Todos à volta. No ciclo. As vezes em que, nos intervalos, passavas por mim e me tiravas a mochila. E corrias. Com a esperança de que fosse atrás de ti. E só me davas em troca de um "chôcho". Ou só para me fazeres rir. E fazias. Quando gozavas por usar óculos nas aulas. Quando ias às janelas, onde estava a ter aula. E eu adorava isso. Quando era o comboio. E me levavas à estação. Acho que não tínhamos problemas. Não tínhamos mesmo. E passou assim dois anos seguidos. Sentia-me matura, para a idade que tinha. E de facto tinha uma maturidade fora do normal, tal como tu. Ou podemos chamar-lhe simplesmente amor. Amor, porque olho para trás e lembro-me do quão sincero era. Puro. O primeiro amor. Eramos tão meninos. Ainda o somos. A primeira vez que te perdi. Chorei como antes nunca tinha chorado. Doeu pela primeira vez. E acredita, era bem pior do que abrir uma ferida no joelho. Nunca me tinha sentido assim. Triste. Desamparada. Magoada. Por nada. Nem nunca tinha chorado por ninguém. Por perder alguém. Foi uma sensação tão dolorosa. Custou mais das tantas vezes que se seguiram. Tantas. Tantas vezes que me deixaste. Que te deixei ir. Que me deixaste partir. Que nos deixamos. Houve vezes que nos iamos num dia e no dia a seguir a esse ja estavamos de volta. De volta um ao outro. E não há melhor sensaçao do que te ter de volta a mim. A onde vais sempre pertencer. Pertences-me. És meu. Desde sempre. Disso tenho a certeza. E isso é tão bom. Já passou o tempo das tardes em que passeavamos. Só porque sim. Em que iamos comprar kilos de gomas. Até nos fartarmos. E comiamos tudo. Do chocolate milka oreo. O nosso favorito. Às vezes compravas só para me picar. Do prédio. Da capela. Do carreiro. Das idas ao modelo. As tardes em tua casa. Os lanches. As brincadeiras. Quando usaste aparelho. As vezes que me roubavas as pastilhas. As noites a ver filmes. Cada um no seu canto. Por chamada. As tardes na sala a ver filmes. Quando cortaste o cabelo. Gostei tanto. Das fotos. Dos vídeos. Dos filmes que te fiz. Das indirectas no facebook, com a esperança de voltarmos a encontrar o caminho. O nosso caminho. O ask. As palavras. As boas. Os susurros. As menos boas. As que magoaram. E às vezes ainda magoam. As chamadas durante a noite e a madrugada. Até adormecermos. Só por companhia ou para ouvir a tua voz e tu a mim. As chamadas pelo skype. Era tão bom ver-te dormir quando não estavas ao meu lado. As coquinhas. Tantos detalhes. E apenas alguns. De tantos. Que só nós entendemos. As discussões. Os gritos. As palavras injustas que diziamos. O arrependimento. As lágrmas. Quando crescemos. Quando mudámos. O primeiro toque. O primeiro momento. Tão especial. Melhor do que sempre desejei. És mesmo o tal. Tão fantástico. Ainda que às vezes não queira demonstrar. Ainda que às vezes eu não demonstre que precise disso. De ti. Ai, se preciso! És tão meu, tão de mim. Tão parte de mim. Se és. E se sou. Todas as vezes. Já perdi a conta. Cada canto. Cada sítio. Cada lugar. Cada segredo partilhado. Cada desejo concretizado. Cada suor. Cada gemido. Cada palavra susurrada. Cada arrepio. Sentido. Com carinho. Nosso. Tudo se torna único e inesquecível quando é nosso. Quando somos só nós. Quando caimos no silêncio. E imagino. E sonho. O que sempre sonhei. Contigo. Num futuro. O nosso futuro. Nunca imaginei chegarmos até aqui. Quando durmo contigo. E acordo tão bem. Quando finjo que durmo para te amar. Para te observar. Oiço o teu respirar. De acordo com o meu. Fico-te a olhar por minutos. E a traçar com as mãos cada detalhe da tua cara. Que já sei de côr. Cada curva. Cada covinha. Todos os sinais. E em que sitio estão. Quanto te amo assim. Tão. Tão grande. Verdadeiro. Tão sincero. Sempre que penso, posso sentir. Porque é inexplicavel. Os nossos momentos. Amo-te. Não me canso de dizer. 
Conheço-te. Conheço tão bem. De côr. Cada expressão. Tic. Tom de voz. Expressão labial. Olhar.  Cheiro. Gargalhada e sorriso. Tão bem que me sabem. Quando queres alguma coisa e dás a volta para a teres e admiro-te quando lutas para a conseguir. Vai uma grande diferença entre ter e conseguir. E sei que sabes do que falo. O que queres. E não queres. Do quanto não sabes ser sério comigo. E é isso que nos torna loucos. Somos sérios com todos em volta. Quando se trata de mim. De ti. Simplesmente não dá. Somos loucas crianças. Passamos tanto tempo loucos a discutir, mas não há melhor loucura do que o nosso amor. Do que nos amarmos. O estarmos mal. E no segundo a seguir como se nada fosse. O não darmos importância, porque nos pertencemos. E isso é que importa. Obrigada por tudo e desculpa por nada. Pelo que não devia ser. Desculpa. Como sempre deculpamos. E caso um dia. Porque sim. Há sempre os "caso um dia". Os "mas". Caso um dia te fartes. Queiras desistir. Daquilo que nunca conseguimos. Queiras dizer adeus. Só te peço que sigas. Feliz. Mas nunca tentes apagar tudo isto. E o que não foi escrito. Porque há sempre um "mas" por contar. E há sempre um "porque" e um porquê. E porque eu nunca vou, nem quero esquecer. Mesmo que para isso, queiras seguir. Sem mim. Eu sigo sempre contigo. Por muito que custe. Espero que nunca a vida me tire isso. Por doença ou demência. Porque é contigo que tenho as melhores e piores memórias. És tu o único que me conhece. O melhor. Que sempre tentei dar-te. E o pior. Que fizeste com que o mostrasse. E até esse pior é bom sentir que o amas. Tal como eu a ti.
E é por isto. Por ser incompreensivel. Por ser inexplicavel. Que te amo. Que me amas. Vai ser sempre assim. Ainda que por vezes não mereçamos. Não há mais ninguém que te mereça como o meu amor te merece. Que me mereça como tu mereces. O melhor de tudo é um dia termos a nossa história para contar. E grande história. Amo-te infinitos.

domingo, 24 de agosto de 2014

12/08

Hoje é o teu dia.
A última carta que te escrevi foi à 4 anos, espero que guardes esta como guardaste a última, porque não há nada mais verdadeiro do que uma pequena prova do meu amor por ti, que dura desde que me lembro. Permanece e aumenta, a cada dia que passa. Quero que um dia a encontres, sorrias e a leias com o mesmo sentimento com que a estou a escrever...O futuro não é certo, já nos deixámos perder mais do que uma vez e é disso que receio, mas a maior certeza que tenho é que, aconteça o que acontecer, tome a vida os rumos que tomar, eu vou amar-te sempre, como amei à sete anos atrás, com a mesma intensidade, até mais, que amo hoje e amarei amanhã. Disso tenho a certeza. Sei que tu vais pertencer-me, tal como eu me pertenço a ti. De alguma maneira ou de outra. Na voz, no jeito, nas palavras e até nos pensamentos, porque nós nos completamos.
Faz hoje 19 anos um dos homens da minha vida, na verdade, faz anos o Homem da minha vida, o único que amei. Que amo. Tornaste-te um homem de "H" grande e bem merecido...Tenho orgulho em ti, sabes? O melhor de tudo é crescer ao teu lado, poder ver e sentir o orgulho pela pessoa que maravilhosa que te estás a tornar. A pessoa que és, que sempre foste, és fantástico. A maneira como a bondade se apodera de ti, o estares sempre pronto a ajudar o próximo, mesmo naqueles dias mais "chatos", o seres humilde, o sorriso sincero que eu me delicio a ver, o abraço apertado que me faz sentir protegida. Tens os teus defeitos, quem não os tem? Também tens, algumas vezes, um feitio complicado, que às vezes não sei bem lidar com ele, mesmo ao fim de estes anos todos, mas amo todas essas tuas "imperfeições", aliás, o bom do amor é mesmo isso, descobrir algo novo e aprender a perdoar, superar, perceber e partilhar. Todos os dias. Conheci-te quando tinhas apenas 11 anos, e tal como tu te lembras de mim, eu recordo-me do meu menino de crista, envergonhado, traquina, meigo, que me chegava ao nariz e tinha tanto para me dar. Acompanhaste-me até hoje. Vou sempre lembrar-me de ti assim, o meu menino.
Não me quero prolongar muito mais, dava para escrever uma grande quantia de folhas, para descrever todos os momentos únicos e fantásticos que tive contigo ou aqueles menos bons, que só serviram para nos unir ainda mais. Há coisas que vão ser sempre assim, únicas.
Aprendi que realmente existem uma infinidade de números para tentarmos explicar, por palavras, o que sentimos e, o meu amor por ti, é isso mesmo: Infinito! O meu maior infinito, porque passem os anos que passarem, eu sei que o que nós temos nunca vai mudar. Memorizei aquela pequena frase "O nosso amor só acaba quando ambos pararmos de respirar" e, mesmo assim, se existir vida para lá da morte ou outro lugar longínquo do tempo ou da realidade, continuarei aqui...Para ti, como tu para mim. Continuaremos nós, os dois, um do outro. Como sempre, como sempre será. Mais uma vez, Parabéns. Amo-te para lá do infinito.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Amo-te

Hoje fechei os olhos por uns minutos e pus-me a pensar em tudo de bom...Sou previsível se disser que pensei em ti, não? Muitas das vezes as pessoas não sabem a sorte que têm, mas eu sei. Tu és a minha sorte, és parte de mim. Não me canso de ti. Não me farto. Não me chateio. Não me "livro" de ti...nem quero! És a melhor parte de mim, se és...Ainda que às vezes não pareça, quero eu dizer, que não seja a melhor a demonstrá-lo. É incrível, como é que ao fim destes anos, a cada dia que passa, eu continue a sentir este amor a crescer cada vez mais? Pergunto-me. Há sete anos atrás eu perguntava-me "Como será daqui a cinco anos? Sentirei o mesmo?" E ao fim de cinco anos (com mais dois que já passaram) eu nem sequer me pergunto, porque é a maior certeza que tenho. Vou sempre amar-te. E se o para sempre não existe, tu fazes-me acreditar que sim, todos os dias. E muita coisa pode vir a mudar...Mas tu? Tu vais ser sempre o meu menino. Com as tuas imperfeições, com as minhas, com as nossas, que tornam todo este infinito perfeito. Não há nada melhor que tu, aliás, não há nada melhor que nós. Para mim és tu, tu és único de todas as maneiras e não mudava nada em ti.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Onde estás?

"Antes demais, Parabéns! 
Hoje é o teu dia, faz hoje 18 anos em que nasceu a rapariga mais importantes da minha vida. Cada dia, cada semana, cada mês, cada ano que vai passando eu Amo-te cada vez mais, fizeste despertar os sentimentos mais sinceros e profundos dentro de mim. Cada dia que passa fazes-me crescer e ver que não consigo viver longe de ti, podes ter a certeza, como já te disse antes, não há ninguém neste mundo que te ame como eu te amo. A tua companhia faz-me esquecer todos os meus problemas e todas as pessoas a meu redor, nada é mais importante que tu. O que eu sinto por ti é algo tão grande que não pára de crescer, é mais forte que tudo e todos. Não tens noção do bem que me fazes, independentemente do que acontecer, eu sei que nunca te vou conseguir esquecer, o meu amor por ti é inexplicável, é um sentimento que começou em criança, com apenas 11 anos, sem eu ainda entender o que era realmente amar, mas sabia que aquela menina de tótós, que vi pela primeira vez, era, e é a tal! O meu orgulho é por vezes a causa de todas as nossas zangas, mas aos poucos, vou perdendo este meu grande defeito por ti. Este grande amor que eu sinto por ti, enfrenta qualquer coisa, qualquer desafio, qualquer barreira. Sou capaz de fazer o possível e o impossível para não te perder. Quero-te agradecer por me dares na cabeça sempre que estive errado, por nunca desistires de mim. Nas horas difíceis estiveste sempre do meu lado, sempre me acalmaste quando era possível. Tu és o meu ponto seguro, quero-te pedir desculpas por tudo o que já te fiz passar, pelas vezes que te fiz chorar, sabes que não fiz por mal. O que vai ser de mim se me deixares? Eu perco o meu chão, não sei o que irei fazer, não terei meios, não tenho nenhuma maneira de te esquecer. Este amor só terminará quando ambos pararmos de respirar, quero realizar todos os meus sonhos contigo a meu lado, todos estes sonhos que quero e vou realizar contigo, tenho a certeza que serão perfeitos e maravilhosos! Eu Amo-te muito muito muito muito muito, e vou amar-te para sempre e podes ter a certeza absoluta que jamais esquecerei, és Inesquecível. Não me vou alongar mais, tudo o que te disse é verdadeiro, mas também não vai ser com palavras que vou conquistar-te, mas sim com atitudes. Passa um lindo dia, tu mereces. Agora podemos estar longe um do outro, mas o meu coração estará sempre contigo e vai amar-te todos os dias. De tantas pessoas existentes, tu és a rapariga destinada a mim. Tudo parece confuso, exeto o meu amor por ti, espero vir cada vez mais compartilhar experiências e momentos para que passamos conhecer cada vez mais. Amo-te!" Nove de Abril de Dois Mil e Catorze

terça-feira, 8 de abril de 2014

Obrigada!

Hoje é o meu dia! São 01h39min do dia 9 de Abril, o meu aniversário! É mentira se dizer que não estou feliz...Estou mesmo! Não só pelo dia que é, mas porque já recebi a melhor das melhores prendas que se pode receber, que vale mais do que qualquer outra quantia: Amor. Recebi a prenda da pessoa que mais amei na minha vida, mesmo não tendo sido recebida directamente de ti, eu senti-te comigo. Quando me deram aquele ramo lindo para as mãos, eu senti um aperto tão forte, senti-me cair...Comecei por sorrir e as fiquei sem palavras. Peguei e vi que havia um envelope. Comecei a tremer e as lágrimas derramaram-se. Li e reli o texto que estava dentro do envelope. É mentira se disser que algum dia vou esquecer o que me fizeste sentir. Foi sem dúvida a melhor prenda que recebi. Mesmo estando longe, a vários kms...Hoje eu sei que, estás aqui comigo. Obrigada!



quinta-feira, 3 de abril de 2014

Não Mudava Nada

Houve coisas que falharam. Tu falhaste. Eu falhei. Várias vezes. Prometeste-me mundos... Não queria isso tudo, aliás, eu não precisava de tanto, apenas queria um  pouco da tua atenção...Que estivesses ali, nos momentos em que devias estar. Faltou pequenas coisas, aquelas coisinhas a que as pessoas se esquecem de valorizar e que nos fazem tão bem: O dizeres diariamente que me amavas...Até podias dizer várias vezes e não só com a boca, que era tão bom ouvir-te dizer, mas podias usar os olhos e o teu coração, usar a alma para me falar de amor. Para me acalmar, como muitas vezes fizeste. Lembrar-me diariamente que sabias e que me podias fazer feliz, relembrar-me dos nossos primeiros encontros e de como adoravas rir comigo. Lembrar-me do quanto eu amava o teu sorriso. Lembrar-me o porquê de os nossos beijos se completarem e sem te esqueceres de dizer que não querias que tudo o que construímos mudasse. Sei que às vezes eu não merecia isso, tal como tu também não, mas podias às vezes ter um pouco mais de paciência...Tal como eu tive contigo. Podia ter sido diferente, mas mesmo assim, para mim, era quase tudo perfeito, mesmo com as nossas imperfeições. Eu sabia interpretar o teu silêncio e por vezes, ainda que nem sempre, tentava corrigir os meus erros. Fazia olhar pelos teus. Sabes? Esperava que não deixasses que outro alguém me desse o "ombro amigo", quando o ombro que me pertence é o teu, e que não deixasses que ninguém fosse mais meu amigo do que tu foste...Ainda que para mim, esse outro alguém não exista e, seja mais que impossível vir a existir, porque eu não quero ter segredos com outra pessoa, entendes isso? O tempo passa, e há dias em que parece que pára e lembro-me e relembro de todos os momentos. De qualquer forma, vais sempre fazer parte de mim. Os planos acabaram-se, tomei decisões, mas de alguma forma é bom saber que ainda o sinto. Não tem sido fácil, nada fácil...Podias ter-me amado de verdade e convencer-me, todos os dias, que não faria sentido nenhum amar outro alguém.

sábado, 29 de março de 2014

O meu amor

É tão bom ver que está a crescer, a ficar um menino doce e meiguinho...O meu menino, o meu bebé lindo. Já vão fazer quatro aninhos, como o tempo passa... Não há palavras para descrever a alegria que tenho sempre que estou com este pequerrucho, o como me faz bem. É bom ainda me sentir a criança, que ainda sou, quando estou com ele e puder partilhar isso com ele. Vou sempre proteger-te Pocoyo! Serás sempre o meu pequenino   


quarta-feira, 26 de março de 2014

Aquele Momento

Ia decidida...Não sabia sequer se ia ser capaz de te olhar nos olhos, dizer-te o que te tinha para dizer.  O que eu devia dizer. Respirei fundo, fintei o nervosismo e o receio de me arrepender e acabei por te encarar. Pensava que ia perder a coragem, mas a verdade é que os nervos desapareceram, no momento em que te toquei no braço...Parei de tremer, senti que apenas tinha de te dizer e pronto...Tinha que conseguir. Enquanto caminhávamos pensei, para mim, que me ia embora, que não ia conseguir, mas aguentei-me firme e não dei parte fraca. Comecei a falar e aí, nesse momento, olhei-te nos olhos e apercebi-me do quão nervoso estavas e como te conheço tão bem, dei conta de que sabias o que eu te ia dizer. Respirei fundo e tentei olhar profundamente nos teus olhos: estavas irrequieto, comecei a sentir-me nervosa, tirei a mala que tinhas nas mãos e agarrei-te a mão, senti necessidade de te mostrar que eu estava ali contigo, pelo menos naquele momento, um último momento. Comecei a ter medo. Medo de te magoar com o que tinha para te dizer, medo de que não percebesses, de que reagisses mal; Quis acalmar-te e, engraçado que, acalmou-me também...Senti-te a apertares-me com uma enorme força os dedos e, ao mesmo tempo, os nossos olhos cruzavam-se e diziam mil e uma palavras sem sequer falares. Foi estranho. Comecei a falar, a falar para uma pessoa, que para mim, era outra pessoa, por isso, fui fria, disse tudo o que sentia ou que devia sentir...Sem nunca olhar-te nos olhos. Disse-te que tinha tomado uma decisão e tomei. Pus fim a sete anos. Sentia-te cada vez mais nervoso, o que me estava a pôr nervosa também e por isso deu-me uma vontade enorme de te abraçar. Abracei. Os nossos corpos encostaram-se, comecei por sentir o teu perfume, por tocar na tua pele. Arrepiei-me. Sentia-me protegida daquele medo que estava a sentir, não sei bem ao certo do que era. Senti as tuas lágrimas: fiquei com um nó na garganta, não tive reacção e as tuas palavras sufocaram-me. Doeu-me tanto ver-te daquela maneira. Acabei por ficar com mais medo, mas ergui a cabeça, evitando olhar para ti, e tentei falar novamente. Tornava-se mais difícil. Acabei por dizer tudo e no fim, fez-se silencio. Acabamos olhando olhos nos olhos, sabia perfeitamente o que me querias dizer, o que querias fazer e por isso desviei o olhar. Quando me ia para ir embora, olhei novamente para ti, durante um curtinho tempo, e fixei-te uma ultima vez os olhos, tentei expressar-me pelo o olhar e perguntei-te se te podia abraçar, dizes-te que sim...Ao mesmo tempo, sussurraste-me ao ouvido "Eu amo-te, não te quero perder", enquanto me encostavas a ti, com ainda mais força e aí não aguentei...As lágrimas derramara-se, senti-me fraca, e nesse momento, vieram-me imagens à cabeça de momentos que passamos e promessas que fizemos. Não te quis largar...e sabes porquê? Porque naquele momento, eu senti a pessoa que mais amei até então, a pessoa que conheci à sete anos atrás, olhei-te nos olhos e vi o quanto brilhavam. Estavas ali, comigo, a proteger-me, a lutar por mim. A amar-me. Já não eras aquele rapaz frio e que me magoava. Senti-me bem, protegida e por momentos até me perguntei "Porque demoraste tanto?". O meu menino estava ali, comigo. Que saudades que eu tinha tuas, que bem que me fazias, é pena não voltares. 

segunda-feira, 24 de março de 2014

7

Era mais um ano...Hoje ainda o contei como mais um. Tento dizer a mim mesma que não, mas a verdade é que, para mim, hoje ainda era o dia. O tal dia, o dia que foi, o dia que é...O Nosso dia. Vinte e Quatro de Março...soou tantas vezes aos meus ouvidos, durante todo o dia...Talvez pelo valor que lhe dei, porque tive um grande afecto por este número, por este dia. Não sei se teve para ti também. Por todos os "empurrões" e "facadas" que me deste, que me tornaram mais forte...Por todos os abraços de consolo, pelo ombro amigo que soube estar presente em momentos importantes na minha vida, em outros menos bons...Ainda que nem sempre. Hoje a minha cabeça andou pelas memórias...Tudo era motivo para me lembrar de tudo e mais alguma coisa, até dos pequenos detalhes, até das palavras, mesmo aquelas...Aquelas que ainda hoje me ferem, me magoam e me roubam um pedacinho de mim: Mas eu continuo eu. Firme. Mudei de rumos, ou estou numa de mudar e digo para mim que estou decidida...Deveria estar. É difícil, se é que algum dia vai ser possível, mas dizem que o tempo cura tudo, não é verdade? A verdade que tenho, por experiência, é que se passaram estes sete anos e, ainda que não mereças, o sentimento permaneceu... Só espero que daqui a uns anos te lembres do quão foi bom para mim e eu, sei, o quão foi bom para ti. Olhei-te hoje, pela primeira vez, depois da última vez...Olhei-te de longe. Senti um vazio, porque senti saudades do que eras, do que foste comigo. Do que fomos, pelo que passamos, pelo que construímos, pelo que já não é. Acabou. E aí, depois de tentar com que este dia fosse apenas mais um dia, igual a todos os outros, "caí" em mim. Tentei fixar-te os olhos, na tentativa de ver se ainda estavas, perdi coragem... Houve mudanças, inclusive tu...Tu já não estás, não para mim, já à algum tempo. Algumas pessoas adaptam-se, outras não...Simples assim. Apesar disso, este será sempre o dia.